Programa do CILX2018

Ficha completa

TítuloCorrelação entre o grau de complexidade e o grau de regularidade e de saturação de paradigmas derivacionais
AutoríaAlexandra Soares Rodrigues (ESE-Instituto Politécnico de Bragança; CELGA-ILTEC - Universidade de Coimbra)
ResumoEste trabalho analisa a correlação entre o grau de complexidade e o grau de regularidade e de saturação de paradigmas derivacionais do português, através da análise de corpora.

Na morfologia, o conceito de paradigma tem sido tradicionalmente usado no estudo da flexão e não no da derivação. Esta visão tem sido contrariada por estudos como Štekauer (2014) e Antoniová & Štekauer (2015).

Antoniová & Štekauer (2015) aplicam o conceito de saturação aos paradigmas derivacionais para quantificação da regularidade dos paradigmas. Saturação (Körtvélyessy 2015) consiste no grau de completude dos paradigmas com lexemas existentes.

Partindo destes pressupostos, este trabalho visa avaliar o grau de saturação nos paradigmas derivacionais do português contemporâneo.

Os resultados do estudo evidenciam uma correlação entre o grau de complexidade do paradigma (número de operações derivacionais envolvidas no paradigma, compreendendo-se nestas operações os processos fonológicos-morfológicos-sintáticos-semânticos) e o grau de regularidade e saturação do paradigma. O estudo determina que quanto mais complexa for a constituição do paradigma, maior a sua regularidade e saturação. Assim, paradigmas com maior grau de complexidade, i.e., com maior número de operações derivacionais envolvidas, como aqueles que envolvem as operações derivacionais pressupostas em amarelecimento (verbalização em -ec- e nominalização em -ment(o)) ou sustentabilidade (adjetivalização em -vel e nominalização em -idad(e)), apresentam maior regularidade e saturação do que paradigmas menos complexos, i.e., com menor número de operações derivacionais envolvidas, exemplificados por lexemas como varrimento (nominalização em -ment(o)) ou claridade (nominalização em -idad(e)).

Antoniová & Štekauer (2015). Derivational paradigms within the selected conceptual fields – contrastive research. Facta Universitatis. Vol. 13/2, 61-75.

Körtvélyessy (2015). Evaluative morphology from cross-linguistic perspective. Newcastle: Cambridge Scholars Publishing.

Štekauer (2014). Derivational paradigms. In: Lieber & Štekauer (Eds.), The Oxford handbook of derivational morphology. Oxford: OUP, 354-369.
TipoComunicación
HorarioMércores 13 de xuño | 12:00 - 12:30 | Aula: C3