Programa do CILX2018

Ficha completa

TítuloDo infinitivo nominalizado aos nomes deverbais - aspetos contrastivos
AutoríaInês Pinto de Oliveira (Escola Superior de Educação-Politécnico do Porto)
ResumoO presente estudo insere-se no âmbito da linguística descritiva, procurando determinar que critérios nos permitem distinguir as construções de nominalização do infinitivo com propriedades nominais, determinar as condições que favorecem as suas ocorrências e, de igual modo, evidenciar o que legitima a preferência da sua ocorrência em corpora em vez do nome deverbal correspondente. No uso do infinitivo enquanto nome distinguem-se três construções: os infinitivos lexicalizados que têm plenas propriedades de um nome e, dessa forma, são já nomes no léxico, o infinitivo nominalizado (com propriedades nominais) e a nominalização da oração infinitiva (com propriedades verbais). Destas três construções, apenas nos debruçaremos na segunda. As construções de infinitivo nominalizado surgem sobretudo com verbos inergativos e do ponto de vista aspetual, exprimindo atividade ou processo, como afirmado na literatura. Em termos aspetuais, também os verbos inacusativos podem surgir em determinados contextos desde que veiculem a leitura de processo por força de fatores contextuais. Quanto à presença de verbos transitivos, a sua ocorrência nem sempre é legitimada por complemento em plural simples, podendo surgir com complementos determinados.

Os nomes deverbais surgem a partir de um processo de derivação sufixal. Verifica-se que estes, regra geral, selecionam argumentos, em certa medida, semelhantes aos da estrutura argumental do verbo do qual derivam. À primeira vista, parece possível que nomes que resultam de nominalizações tenham o mesmo número de argumentos do verbo que derivam. No entanto, enquanto o complemento do verbo é obrigatório, o do nome deverbal é opcional e precedido de preposição. Deste facto decorre que, em geral, a interpretação de uma nominalização deverbal seja semelhante ao significado da base verbal de que deriva, mantendo a mesma leitura aspectual do nome de que deriva. Ao analisar o corpora e na substituição do infinitivo nominalizado pelo nome deverbal correspondente, verificamos diferenças sobretudo ao nível semântico.
TipoComunicación
HorarioVenres 15 de xuño | 10:30 - 11:00 | Aula: C3